Angra dos Reis, Pinheiral e Porto Real são algumas das cidades do Sul Fluminense que fecharam contrato com empresa de Porto Real-RJ para recolhimento de animais de rua.
Os contratos chegam a meio milhão de reais e alguns não contemplam nem castração.
A ONG Vira-Lata e outras ONGs das cidades do Sul Fluminense não concordam, nem acreditam na eficácia e ética do serviço.
Algumas perguntas continuam sem respostas:
> Por que as prefeituras não consultam ONGs de defesa animal sobre políticas públicas éticas que garantam o bem estar dos animais e o bom convívio com cidadãos?
> Como será possível uma fiscalização dos animais em local distante da cidade conveniada?
> Qual prefeitura gasta uma quantia dessas para manter animais de rua em cidade distante, longe de moradores e ONGs locais?
> Por que esta empresa não tem superlotação e os abrigos de ONGs têm?
> Por que esta empresa consegue fazer dinheiro com este serviço e as ONGs com abrigo, não?
> O que será feito dos animais recolhidos, após o fim dos contratos?
Enquanto protetores e ONGs fazem bingos e rifas para ajudar os animais, as prefeituras de forma arbitrária fecham convênios milionários para "enxugar gelo".
Política pública se faz em casa com a participação e envolvimento do povo.
Este serviço arcaico e velado, "maquia" a cidade com o desaparecimento dos animais e quem paga a conta são os contribuintes.
Os (maus) hábitos da sociedade em relação aos animais ficam intactos.
Os contratos não contemplam qualquer medida para educar a população sobre a guarda responsável, nenhuma punição para maus tratos e abandonos, muito menos controle populacional contínuo, eficaz e dentro da cidade conveniada.
Na verdade, as prefeituras pagam o equivalente aos "juros" de um trabalho inútil.
Dinheiro público jogado no ralo e mais uma vez o executivo trata animais como escória.
Isso tem que mudar.
Veja no link ( http://www.avozdacidade.com/site/page/noticias_interna.asp?categoria=3&cod=32696 ), matéria sobre comitiva de Angra que visita as instalações em Porto Real.